- Escrevi a matéria desta semana antes de conhecer os países classificados dos grupos E, F e H da Copa do Mundo, já que no grupo G, Portugal e Brasil estão garantidos, e então vou dar uma de Escobar e arriscar alguns palpites.   Acho que os primeiros colocados dos grupos A, B, C e D (Uruguai, Estados Unidos, Alemanha e Argentina) são favoritos contra os segundos colocados Coréia, Gana, Inglaterra e México e devem passar para as quartas de final.   Nos grupos E, F, G e H aposto para primeiros colocados em Holanda, Paraguai, Brasil e Espanha que serão favoritos contra os possíveis segundos colocados Dinamarca, Itália, Portugal e Chile.   Como o nível técnico desta Copa anda muito nivelado por baixo, Argentina e Brasil tem chances de chegarem a grande final, não por serem times fantásticos, ou terem grandes técnicos (Maradona e Dunga na beira do campo são meros torcedores), mas principalmente por serem os times que têm alguns jogadores diferenciados dentro de campo.
      
- Temos visto o técnico Dunga se estrepando várias vezes com jornalistas, principalmente brasileiros.   É verdade que existem maus profissionais e jornalistas tendenciosos em qualquer lugar que  se vá, mas os jornalistas brasileiros acima de tudo são torcedores da seleção canarinho e tentam fazer a cobertura da Copa da maneira que melhor informe todos nós, brasileiros apaixonados por futebol, e então acho que a Comissão Técnica da CBF deveria dar um tratamento diferenciado, mais receptivo com os jornalistas brasileiros, e o Dunga ser mais “Mestre” e menos “Zangado”.
 
- O trabalho da imprensa é inegável no desenvolvimento, na promoção da democracia e direitos humanos de todas nações.   Na primeira Copa do Mundo, em 1930 no Uruguai, um árbitro (brasileiro, infelizmente) terminou um jogo com menos de 40 minutos da etapa complementar, favorecendo a Argentina e prejudicando a França.   Como naquela época não tinha TV e outros recursos tecnológicos como nos dias atuais, prevaleceu a decisão do árbitro e ponto final. 
- No mundial de 1934 na Itália, sabe-se que o ditador Benito Mussolini lançou mão de todos os expedientes possíveis e impossíveis para conseguir o título, que seria ótimo para o regime facista, em plena ascensão.  Na véspera da partida final entre Itália e Tchecoslováquia, o árbitro sueco Ivan Eklind teve um encontro reservado com o “Duce” Mussolini.   O teor da conversa até hoje ninguém sabe, mas o fato é que a Itália venceu com um gol na prorrogação.
- Na Copa de 1978, é incontestável que a ditadura militar do general Rafael Videla também mexeu os pauzinhos em benefício dos hermanos argentinos.   Nas semifinais, a anfitriã precisava golear a equipe peruana por no mínimo 04 gols, para superar o Brasil no saldo de gols e seguir na competição.   Quem não se lembra do goleiro peruano Quiroga, que levou 06 gols, e se fosse necessário, tomava mais dez.
- Nos dias atuais, com a globalização, o desenvolvimento enorme de recursos tecnológicos e liberdade de imprensa, pode até acontecer maracutaia nos bastidores, mas não tão escandalosas como no passado.
 
- Pelo fato de estar muito ligado com o mundo da arbitragem, alguns colegas de trabalho gostam de discutir lances polêmicos de futebol, incluindo agora os jogos da Copa do Mundo, e me questionam se os árbitros estão errando demais.   A minha opinião é que os árbitros atuais estão cometendo erros na mesma proporção que a turma da velha guarda, ou seja, erros de arbitragem existiram e vão continuar existindo sempre, pois o ser humano não é perfeito, além de ter que decidir em frações de segundo, sem auxílio de replay, câmara lenta, tira-teima, etc.   O que mudou radicalmente foi a invenção e aprimoramento de vários recursos tecnológicos, mas a própria FIFA que não é nada boba, já se pronunciou que não pretende usar estes recursos para robotizar os árbitros e diminuir os lances duvidosos, pois como já dizia o nosso amigo “Mandioquinha”, pedreiro supimpa e nos fins de semana,  eficiente mesário da Liga de Pompéu:  O melhor de um jogo de futebol é a “polenca”!